segunda-feira, janeiro 28, 2008

Imagem justa

Sempre arranjo um pretexto pra ter uma idéia. São muitas, diárias, horárias. São tantas, urgentes, virulentas.

Idéias é algo bom. Revigora a mente, desenvelhece o corpo. Remetem a sonhos, anseios, desejos, querenças, genialidades, pessoas.

Aprendi, há pouco tempo, - ou até soubesse, mas foi há pouco tempo que me dei conta - que os bons sonhos, anseios, desejos, que as boas querenças, genialidades, pessoas são as que sobrevivem, permanecem, continuam nesse mundo por demais.

O que tenho feito nesse um ano é tudo isso e mais um pouco, um pouco menos, menos um pouco, mais ou menos tudo isso. De uma pré-dança virou pretexto pra ser proto-pré-literária.

Aqui. Um canto de fazeres. Uma trilha de saberes. Enconderijo de saudades. Transversal, entrecortado, multifacetado, déficit, superávit, tangente, tingente, versado, prosado. Aqui, divã incidental.

Eis a imagem que lhe (me) parece justa pra o que (quem) dança nas (in)tempéries.

3 comentários:

Carolina do Vale disse...

Hoje li uma crítica do Fabrício Carpinejar em que ele, falando de outro poeta, diz da capacidade de "sentir o que disse, não apenas dizer o que sente". Me fez lembrar daqui...

Beijo!

joubert disse...

Gata, é por aí mesmo. "Sentir o que disse" é o exercício de lealdade com/de quem escreve. Dói, muitas vezes, não ficar só no "apenas dizer o que sente". Mas como disse Caio (o de Abreu), que há tempos não lia: "... alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo". Daí essa escrita tentativa de ser algo que se sinta...bj e obrigado pelo Carpinejar (li a critica, me inspirou idéias...hahaha)

criscalina disse...

escrever pra sentir, pra crer.
é só isso que eu tenho a dizer. =)
beijos